terça-feira, 31 de maio de 2011

Sete Confissões de Pecado (3)



O Goiânia Gospel apresenta para você uma série de 7 postagens sobre "confissão de pecado", pelo pastor C. H. Spurgeon, apresentando 7 personagens bíblicos, para a vossa edificação tendo em mente a passagem: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça." (1 João 1.9) ACF.


III - O HOMEM INSINCERO
Saul: "eu pequei". 1 Samuel 15.24





E agora um terceiro caráter, e um terceiro texto. No primeiro livro de Samuel 15:24, lemos: "Então disse Saul a Samuel: Pequei".

Aqui está o "o homem cincero" - o homem que não é como Balaão, até certo ponto sincero sobre duas coisas; mas um homem que é justamente o oposto - que não tem nenhum ponto proeminente em seu caráter, mas que é sempre modelado pelas circunstâncias que passam pela sua cabeça. Saul era assim. Samuel o reprovou e ele disse: "eu pequei". Mas ele não queria realmente dizer aquilo, porque se você ler o verso inteiro, vai vê-lo dizendo: "porque eu temi o povo" , o que era uma desculpa mentirosa. Saul nunca temeu ninguém; ele sempre estava bastante pronto para fazer sua própria vontade; ele era um déspota.

Um pouco depois, ele sustentou outra desculpa, ao afirmar que havia trazido bois e cordeiros para oferecer a Jeová, portanto, ambas desculpas não podiam ser verdadeiras. A característica mais proeminente no caráter de Saul era sua insinceridade. Um dia ele manda buscar a Davi da cama dele, para o matar. Outra vez ele declara "tão certo como vive o Senhor, ele (Davi) não morrerá". Um outro dia, porque Davi salvou sua vida, ele disse "Mais justo és do que eu; não tornarei a fazer-te mal". Isso ele disse após o perseguir, com o objetivo de matálo.

Às vezes Saul se encontrava entre os profetas e profetizava; logo depois entre as bruxas; às vezes em um lugar, outras em outro, e insincero em tudo. Quantas pessoas como ele encontramos em toda assembléia cristã; homens que são muito facilmente modelados! Diga o que quiser a eles, e eles sempre concordarão com você. Eles têm disposições afetuosas, e uma consciência sensível; tão sensível que parece ceder quando impressionada, mas tememos sondá-la mais profundamente; ela se cura tão rapidamente quanto se machuca. Já usei uma comparação muito singular antes, a qual tenho que usar novamente: alguns homens parecem ter corações de borracha. Se você apenas os tocar, é feita uma impressão imediatamente; entretanto é inútil, pois logo retorna ao seu estado original. Você pode os apertar de qualquer modo que desejar, eles são tão elásticos que você sempre alcançará seu propósito; entretanto eles não tem firmeza de caráter e logo voltam a ser o que eram antes.

Ó senhores, muitos de vocês fazem o mesmo; curvam suas cabeças na Igreja e dizem: "Temos errado e nos desviado do caminho" mas você não pretendia, verdadeiramente, dizer isto. Você veio ao seu pastor e disse "eu me arrependo dos meus pecados", mas você não se sentia um pecador; você só disse aquilo para agradá-lo. E agora você freqüenta a casa de Deus; ninguém mais impressionado que você; lágrimas correrão facilmente da sua face; mas, apesar disto, a lágrima se secará tão depressa quanto foi produzida, e você permanece, em todos seus intentos e propósitos, igual ao que era antes. Dizer "eu pequei" de uma maneira sem significado ou sentido, é pior do que desprezível, porque é um escárnio a Deus confessar com insinceridade de coração.

Eu fui breve neste caráter; porque parece se relaciona com o de Balaão; entretanto, podemos ver claramente que há um real contraste entre Saul e Balaão, embora haja uma afinidade entre os dois. Balaão era um grande homem mau, grande em tudo que fez; Saul era pequeno em tudo, exceto em estatura, pequeno em bondade e pequeno em maldade; enquanto Balaão era grande em ambos: o homem que às vezes poderia desafiar Jeová, e em outro momento dizia "se Balaque me desse sua casa cheia de prata e ouro, eu não poderia ir além da palavra do Senhor meu Deus, para fazer mais ou menos". |CONFISSÃO 4|

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Sete Confissões de Pecado (2)



O Goiânia Gospel apresenta para você uma série de 7 postagens sobre "confissão de pecado", pelo pastor C. H. Spurgeon, apresentando 7 personagens bíblicos, para a vossa edificação tendo em mente a passagem: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça." (1 João 1.9) ACF.

II - O HOMEM DÚBIO
Balaão: "eu pequei". Números 22.34



Agora vamos ao segundo texto. Apresentarei a vocês um outro caráter "O homem Dúbio", que diz "eu pequei" e sente que ele realmente o fez, e sente de maneira profunda, mas é tão mundano que ele "ama a injustiça". O caráter que eu escolhi para ilustrar isto, foi o de Balaão. Abra o livro de Números 22:34: "Então Balaão disse ao anjo do SENHOR: Pequei".
"Eu pequei", disse Balaão; mas, apesar disto, ele se foi com seu pecado. Um dos caracteres mais estranhos do mundo inteiro é o de Balaão. Eu freqüentemente tenho me surpreendido com aquele homem; ele realmente parece, em outro sentido, ter surgido das linhas de Ralph Erskine: "Para o bem e para o mal igualmente se curva, E para ambos: o diabo e O Santo ".
Porque ele parecia ser assim. Algumas vezes falava com tamanha eloquência e triunfo, que não poderia se igualar a nenhum outro homem; e outras vezes ele exibia a pior e mais sórdida cobiça que pode desgraçar a natureza humana. Pense. Você vê Balaão; ele está no cume da colina, e lá embaixo está o povo de Israel; ele é ordenado a os amaldiçoar, e ele diz: "Como amaldiçoarei a quem Deus não amaldiçoou? e como denunciarei a quem o Senhor não denunciou?" E Deus abre seus olhos, e ele começa a falar até mesmo sobre a vinda de Cristo, e ele diz: "Eu o vejo, mas não no presente; eu o contemplo, mas não de perto". E então ele apresenta sua oração dizendo: "Que eu morra a morte dos justos, e seja o meu fim como o deles!". E vocês acharão que aquele homem tem esperança. Espere até que ele desça da colina, e vocês lhe ouvirão dar o mais diabólico conselho ao rei de Moabe, tão diabólico que era até mesmo possível ser sugerido pelo próprio Satanás. Disse ele ao rei: "Você não pode vencer este povo na batalha, porque Deus está com eles; tente instigá-los contra Deus". E vocês sabem como, com luxúrias temerárias, os Moabitas tentaram seduzir os filhos de Israel a serem infiéis a Jeová; de forma que este homem parecia ter a voz de um anjo, às vezes, mas também a alma de um diabo no seu íntimo.
Ele era um caráter terrível; era um homem de duas mentes, um homem que foi por todo o caminho com duas disposições. Eu sei que a Escritura diz "Ninguém pode servir a dois senhores". Hoje em dia isto é freqüentemente mal entendido. Alguns lêem assim "Ninguém pode servir a dois senhores". Sim ele pode; ele pode servir três ou quatro. O jeito de ler esta passagem é "Ninguém pode servir a dois senhores". Ambos não podem ser senhores. Ele pode servir dois, mas os dois não podem ser seus senhores. Um homem pode servir a dois que não são seus mestres, ou mesmo vinte; ele pode viver por vinte propósitos diferentes, mas ele não pode viver para mais de um propósito principal; somente pode haver um
propósito principal em sua alma. Mas Balaão laborou em servir a dois; era igual as pessoas de quem foi dito "Eles temeram o Senhor, e serviram outros deuses".
Ou como Rufus que era parecido com Balaão; porque você tem conhecimento que nosso velho rei Rufus pintou Deus em um lado do seu escudo e o diabo no outro, e abaixo, o lema: "Pronto para ambos; pegue quem puder". Há muitos, que de igual modo, estão prontos para ambos. Eles encontram o pastor, e quão piedosos e santos eles são; no dia do Senhor eles são as pessoas mais respeitáveis e justas do mundo; eles falam pausadamente por pensarem ser isto algo eminentemente religioso. Mas em um dia de semana, se você quer encontrar os maiores desonestos e fraudadores, eles são alguns destes homens que são tão hipócritas na sua devoção.
Meus ouvintes, nenhuma confissão de pecado pode ser genuína, a menos que seja feita de todo o coração. É inútil você dizer: "eu pequei" e então continuar pecando.
Alguns homens parecem nascer com dois caracteres. Eu observei na livraria da Trinity College, Cambridge, uma bonita estátua do Lord Byron. O bibliotecário me disse, "Olhe daqui, senhor". eu olhei, e disse: "que semblante intelectual!". "Que gênio ele era!". Então ele disse: "Venha para o outro lado!". "Ah! que demônio! Aqui está um homem que poderia desafiar Deus". Ele tinha um desagrado e um semblante terrível em sua face; tal como Milton poderia ter pintado a Satanás quando ele disse: "Melhor reinar no inferno do que servir no céu!". Eu me virei e disse ao bibliotecário: "você pensa que o artista planejou isto?". "Sim!" ele disse: "ele desejou retratar os dois caracteres: o grande, o esplêndido e o gênio quase super-humano que ele possuia, e também a enorme massa de pecado que existia em sua alma".
Existem alguns homens aqui do mesmo tipo. Eu ouso dizer que, como Balaão, eles poderiam operar milagres; e ao mesmo tempo há algo neles que revela um caráter repugnante de pecado, tão grande quanto pareceria ser o caráter deles para a retidão. Balaão, você sabe, ofereceu sacrifícios a Deus no altar de Baal; isso era típico do seu caráter. E assim muitos fazem; eles oferecem sacrifícios a Deus no santuário de Mamon; e enquanto eles ofertam a uma igreja e distribuem ao pobre, eles na outra porta do seu escritório contábil, oprimem o pobre e espremem até a última gota de sangue da viúva, para ficarem ricos. Ah! é infrutífero e inútil para você dizer "eu pequei", a menos que você o diga de todo seu coração. A confissão daquele homem dúbio não tem nenhum proveito. |CONFISSÃO 3|









Sete Confissões de Pecado (1)


O Goiânia Gospel apresenta para você uma série de 7 postagens sobre "confissão de pecado", pelo pastor C. H. Spurgeon, apresentando 7 personagens bíblicos, para a vossa edificação tendo em mente a passagem: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça." (1 João 1.9) ACF.

I - O PECADOR ENDURECIDO
Faraó: "eu pequei". Êxodo 9:27.



O primeiro caso que eu apresentarei a vocês é o do "Pecador Endurecido" que, quando experimenta terror, diz "eu pequei". E você achará o texto no livro de Êxodo 9:27 - "Então Faraó mandou chamar a Moisés e a Arão, e disse-lhes: Esta vez pequei; o SENHOR é justo, mas eu e o meu povo ímpios". Mas porque esta confissão nos lábios deste altivo tirano? Ele não se humilhava perante Jeová. Então porque aquele orgulhoso se curvou? Você julgará o valor da sua confissão quando você ouvir as circunstâncias debaixo das quais foi feita: "E Moisés estendeu a sua vara para o céu, e o SENHOR deu trovões e saraiva, e fogo corria pela terra; e o SENHOR fez chover saraiva sobre a terra do EgitoE havia saraiva, e fogo misturado entre a saraiva, tão grave, qual nunca houve em toda a terra do Egito desde que veio a ser uma nação" (v 23,24)ACF. Agora, diz Faraó, enquanto o trovão estava rolando no céu, enquanto o fogo então incendiava o solo e enquanto o granizo descia em grande quantidade, ele diz, "eu pequei". Ele é somente um exemplo de multidões da mesma categoria. Quantos rebeldes endurecidos a bordo de navios, quando as madeiras estão deformadas e rangendo, quando o mastro está quebrado e o navio está vagando ao sabor do vento forte, quando as ondas famintas estão abrindo suas bocas para tragar o navio tão rapidamente como aqueles que entram na cova, quantos marinheiros cujos corações se encontram endurecidos pelo pecado, curvam seus joelhos com lágrimas nos olhos, e clamam "eu pequei!". Mas que proveito e que valor tem a confissão deles? O arrependimento que nasceu na tempestade morreu na calmaria; aquele arrependimento criado entre trovões e raios, cessou tão logo tudo foi silenciado e o marinheiro que era piedoso quando a bordo do navio, se tornou um dos piores e mais abomináveis entre os marinheiros quando colocou seu pé em terra firme.
Também, com que freqüência nós vemos isto em uma tempestade com abundância de raios e trovões? Muitos homems empalidecem quando ouvem o trovão ressoando; as lágrimas enchem seus olhos, e eles clamam "Ó Deus, eu pequei!"; enquanto as vigas da sua casa são balançadas e o solo embaixo deles oscila diante da voz de Deus em Sua majestade. Mas ai de tal arrependimento! Quando o sol novamente brilha e as negras nuvens passam, o pecado vem novamente sobre o homem e ele se torna pior que antes. Quantas confissões do mesmo tipo, nós também vemos em tempos de epidemias fatais! Então nossas igrejas ficam cheias de ouvintes que, por verem tantos enterros passarem por suas portas, ou porque tantos morreram na sua rua, não podem se abster de ir à casa de Deus para confessar seus pecados. E debaixo daquela visitação, quando um, dois e três caem mortos em sua casa, ou na porta ao lado, quantos pensaram que realmente volveriam-se a Deus! Mas, ai! quando a pestilência acaba seu trabalho, a convicção cessa; e quando o sino toca pela última vez por uma morte causada por uma epidemia, então seus corações deixam de bater em penitência e suas lágrimas deixam de fluir.
Tenho alguém aqui assim nesta manhã? Se há tais pessoas aqui esta manhã, me deixe solenemente dizer-lhes: "Senhores, vocês esqueceram os sentimentos que tiveram nas suas horas de angústia; mas, se lembrem, Deus não esqueceu dos votos que vocês fizeram". Marinheiro, você disse se Deus o poupasse para ver a terra novamente, você seria Seu servo; mas você não é; você mentiu a Deus, você Lhe fez uma falsa promessa, porque você nunca manteve o voto que seus lábios fizeram. Você disse, em um leito de doença, que se ele poupasse sua vida você nunca pecaria novamente como antes; mas aqui está você e seus pecados desta semana falarão por mim. Você não é melhor do que você era antes da sua doença. Você poderia mentir para Deus e não ser reprovado? E você pode pensar em mentir para Deus e não ser punido? Não! o voto, por mais precipitadamente que tenha sido feito, é registrado no céu; e apesar de ser um voto que o homem não pode cumprir, contudo, como é um voto que ele próprio fez, e o fez voluntariamente também, ele será castigado pelo não cumprimento dele; e Deus executará vingança afinal, porque ele disse que abandonaria seus caminhos de pecado, porém, quando o infortúnio é removido ele não faz isto. O anjo vingador poderá dizer: "Ó Deus, estes homens disseram que se eles fossem poupados seriam melhores; porém são piores. Como eles violaram suas promessas, e como eles atraíram a ira divina sobre si mesmos!". Este é o primeiro estilo de arrependimento; e é um estilo que eu espero que nenhum de vocês imitem, porque é totalmente sem valor. É inútil você dizer "eu pequei" somente debaixo da influência do terror, e então esquecer disto depois. |CONFISSÃO 2|

domingo, 29 de maio de 2011

A Oração Toca A Eternidade

Por: Leonard Ravenhill

A estatura espiritual de um crente é determinada pelas suas orações. O pastor ou crente que não ora está-se desviando. O púlpito pode ser uma vitrine onde o pregador exibe seus talentos. Mas no aposento da oração não temos como dar um jeito de aparecer.

Embora a igreja seja pobre sob muitos aspectos, é mais pobre ainda na questão da oração. Contamos com muitas pessoas que sabem organizar, mas poucas dispostas a agonizar; muitas que contribuem, mas poucas que oram; muitos pastores, mas pouco fervor; muitos temores, mas poucas lágrimas; muitas que interferem, mas poucas que intercedem; muitas que escrevem, poucas que combatem. Se fracassarmos na oração, fracassaremos em todas as frentes de batalha.

Os dois requisitos para se ter uma vida cristã vitoriosa são visão e fervor. Ambos nascem da oração e dela se nutrem. O ministério da pregação é de poucos; o da oração — a mais importante de todas as atividades humanas — está aberta a todos. Porém, as “criancinhas” espirituais comentam sem o menor constrangimento: “Hoje, não vou à igreja. É dia de reunião de oração”. É bem possível que Satanás não tema grande parte das pregações de hoje. Mas a experiência do passado leva-o a arregimentar todo o seu exército infernal para lutar contra o crente que ora. Os crentes de hoje não têm muito conhecimento da prática espiritual de “ligar e
desligar”, embora essa responsabilidade nos tenha sido delegada por Deus: “O que (tu) ligares na terra..”. Você tem feito isso? Deus não desperdiça seu poder. Se quisermos ser poderosos na obra dele, temos que ser poderosos com ele.
O mundo está marchando para o inferno a um ritmo tão rápido que, se comparado aos modernos aviões supersônicos, estes pareceriam tartarugas. E, no entanto, para vergonha nossa, nem recordamos quando foi a última vez que passamos uma noite toda em oração a Deus, suplicando-lhe que derrame sobre nós um avivamento que abale o mundo. Não temos compaixão pelas almas. Estamos pensando que os andaimes são o prédio. As pregações de hoje, com sua falha interpretação das verdades bíblicas, nos levam a confundir agitação com unção, e comoção com avivamento.
O segredo da oração é orar em secreto. Quem se entrega ao pecado pára de orar. Mas aquele que ora pára de pecar. O fato é que somos pobres, mas não humildes de espírito.
A oração é profundamente simples, e ao mesmo tempo profunda. “É uma forma de expressão tão simples que até uma criancinha pode exercitá-la”. Mas é igualmente tão sublime que ultrapassa os recursos da linguagem humana, e esgota seu vocabulário. Lançar diante de Deus uma torrente de palavras não irá necessariamente impressioná- Io ou comovê-lo. Uma das mais significativas orações do Velho Testamento foi feita por uma pessoa que não pronunciou palavras: “Seus lábios se moviam, porém não se lhe ouvia voz nenhuma”. (1Sm 1.13). De fato ela não tinha grandes dons de oratória. Sem dúvida existem “gemidos inexprimíveis”.
Será que nos encontramos num padrão tão inferior ao dos cristãos neotestamentários que não possuímos mais a fé dos nossos antepassados (com todas as suas realizações e implicações), mas somente a fé emocional de nossos contemporâneos? A oração é para o crente o que o capital é para um homem de negócios.
Não se pode negar que a maior preocupação da igreja hoje são as finanças. E, no entanto, esse problema que tanto inquieta as igrejas modernas era o que menos perturbava a do Novo Testamento. Hoje damos mais ênfase à contribuição; eles a davam à oração.
Em nossos dias são muito poucos os que estão dispostos a assumir a responsabilidade de orar inspirados pelo Espírito, e para esse tipo de oração não há substitutos. Temos que orar, senão pereceremos!




Meditação Sobre a Sede na Manhã de Segunda-feira

Por: John Piper


Ao me ajoelhar naquela manhã de segunda-feira, durante meu devocional, disse: “Ó Senhor, tem misericórdia de mim, pecador! Ajuda-me. Por favor, vem e restaura a minha alma”. Em seguida, perguntei calmamente: “Senhor Jesus, o que querias dizer quando falaste: ‘Aquele… que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede’? Estou com sede nesta manhã. Ouvi meu colega David Livingston dizendo, ontem à noite, que ele tem sede. Quase todo crente que vem ao meu escritório tem sede. Qual era a tua intenção ao dizer que aqueles que bebessem da tua água não teriam mais sede? Não temos bebido? Esta promessa é vã?”
O Senhor respondeu. Ele me mostrou o resto do versículo, e derramou sobre ele uma luz que nunca vira antes. João 4.14 começa assim: “Aquele… que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede”. Isso foi o que me levou a clamar: “O que pretendias dizer? Estou tão sedento! Minha igreja está sedenta! Os pastores com quem eu oro estão com sede! Ó Jesus, o que querias dizer?”
Jesus respondeu da única maneira pela qual sei que Ele responde. Abriu-me os olhos para ver o significado do que disse na Bíblia. Eu já havia memorizado esse versículo na manhã do domingo, para a minha própria alma e para um possível uso na oração pastoral. Assim, enquanto eu orava, os elementos da comunicação divina estavam no seu devido lugar. (Oh! que percepção perdemos quando não memorizamos mais das Escrituras!)
Enquanto eu suplicava, a segunda parte do versículo falou por si mesma. Jesus disse: “Pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna”. Com estas palavras, veio a resposta. Não era uma voz audível, e sim, a voz de Jesus, na Palavra iluminada e aplicada pelo Espírito Santo.
A resposta era assim: quando bebem da minha água, a sede de vocês não é aniquilada para sempre. Se isso acontecesse, vocês sentiriam, posteriormente, qualquer necessidade de minha água? Esse não é meu objetivo. Não quero santos auto-suficientes. Quando bebem da minha água, ela se torna uma fonte em vocês. Uma fonte satisfaz a sede, não por remover a necessidade por água, e sim por estar lá, para lhes dar água sempre que têm sede. Vez após vez! Como nesta manhã. Portanto, beba, John. Beba.
Agora, enquanto escrevo, vejo esta verdade preciosa no Salmo 23: “O Senhor é o meu pastor; nada me faltará”. Apesar disso, clamamos: “Ó Senhor, hoje eu tenho necessidades! Conheço centenas de pessoas que têm necessidades e confiam em Ti como o pastor delas. Qual a tua intenção ao dizer que nada nos faltará?”
Agora, aprendemos uma lição. Primeiramente, clamamos. Depois, lemos: “Ele me faz repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de descanso; refrigera-me a alma”. Refrigera-me. Isso significa que as necessidades surgem em minha alma, e, então, o Senhor Jesus as satisfaz. Elas surgem novamente; Ele as satisfaz. A vida é um ritmo de necessidade e suprimento — e, às vezes, um ritmo de perigo e livramento. “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte…”. O vale se tornará (novamente) em verdes pastos, e as águas tranqüilas fluirão (novamente!). Até agora, a fonte está jorrando do interior e o fará para sempre. Por que a fonte, em nosso íntimo, não é nós mesmos; é Deus. “Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem” (Jo 7.38-39).
A sede é satisfeita pelo Espírito de Cristo revelando-nos a Si mesmo e as suas promessas, para a satisfação de nossa alma. Mas a sede não é obstruída, para que não percamos o impulso de vir a Ele vez após vez, em busca de tudo o que Deus prometeu ser para nós em Jesus.
Aquele que tem sede venha e continue vindo, até que nossa comunhão seja tão íntima, que não haja qualquer distância entre nós e o Senhor.



Extraído do livro: Uma Vida Voltada para Deus, de John Piper.
Copyright: © Editora FIEL
O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.

A Falta da Palavra de Cristo

Por: Abraão Rodrigues

"A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração". (Cl 3.16)

Quando se trata de musica na igreja nos nossos dias, este versículo tem muito a nos dizer. Mas entre mil mensagens que se pode extrair deste versículo, me chama a atenção para uma das coisas que Paulo diz que a musica cristã deve conter. O texto diz que a musica tem que "Admoestar" uns aos outros.

Admoestar: Aconselhar, advertir; censurar, repreender com brandura. (Fonte: Dicio.com.br)

E olhando para as musicas do nosso tempo, as cantadas nos cultos, não vejo letras admoestando os crentes, ou os não crentes que freqüentam nossos cultos. veja bem este hino de um tempo não muito distante:


258 - Chora Agora - Cantor Cristão
Pecador, confessa e chora
Teus pecados sem tardar;
Olha bem que o tempo foge,
É perigo demorar.
Louco estás se não te emendas,
Sabes que te há de julgar
Um Deus reto e justiceiro
Que te pode condenar

Chora agora as tuas culpas,
Vai a Deus te confessar;
E se não, sem mais remédio
Tarde então hás de chorar.
Ah! Se a dor aqui te aflige,
Como então hás de sofrer
No tormento sem alivio,
Para sempre a padecer?

Com remorso e pranto tarde
Tu dirás: "Eu infeliz!
Eu perverso e desgraçado!
Deus chamou-me e eu não quis."
Ouve a Deus, escuta agora,
Sim, enquanto a vida der;
Pois naquele grande dia
Justiceiro Ele há de ser.

Precisamos rever aquilo que cantamos, pregamos ou fazemos na igreja hoje, pois por falta de habitar a palavra de cristo ricamente no nosso meio tanto para ensinar, quanto para admoestar, louvando ao Senhor com graça no  nosso coração é que tenho visto pregadores fazerem apelos no final dos cultos e serem humilhados quando ninguém se levanta e vai a frente crendo em Jesus Cristo, pois o que estamos pregando e cantando nos dias de hoje é bem diferente do que está contido nas Escrituras (ver sermão de Pedro em Atos 2.14-47), e como a fé vem pelo ouvir da palavra de Cristo (Rm 10.17), ela não está vindo mais por falta desta Palavra Fiel. 

sábado, 28 de maio de 2011

Você Quer Ser Batizado com Fogo?

Não estou aqui para criticar denominação "A" ou "B" (ainda que algumas mereçam uma critica Bíblica). Porém, no meio evangélico, surge umas doutrinas estranhas e como diz Paulo: "E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós." (I Coríntios 11.19) ACF. A mais nova é sobre a doutrina do fogo. Muita gente dizendo que foi batizado com fogo, ou que o crente tem que ser batizado com fogo... hoje temos a teologia do fogo. Então temos que examinar esta teologia do fogo para saber se o crente tem que ser batizado ou vai ser batizado com fogo, por que até o presente momento eu não fui, e pelo que andei lendo eu não quero ser.
A passagem que o pessoal usa para dizer que o crente ou cristão vai ser batizado com fogo é esta:

"E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo." (Mt 3.11) ACF.

Bem olhando para esta passagem, podemos dizer que Jesus vai batizar alguém com fogo. Mas não sejamos daqueles que pegam versículos isolados para formular doutrinas, vamos olhar o contexto. Analisemos todo o capitulo 3 de Mateus:
  • João Batista apareceu pregando um batismo de arrependimento, batizando as pessoas na água e chamando-as ao arrependimento e anunciando o reino dos céus (Mt 3.1-2). E ia ter com ele toda  Jerusalém, Judéia e visinhança (Mt 3.5-6). Até ai tudo bem, então aparece em cena quem?
  • Os fariseus. Os fariseus não aceitavam o batismo de João, e Jesus mesmo os acusa disto: "o batismo de João era do céu ou dos homens? E eles arrazoavam entre si, dizendo: Se dissermos: Do céu, ele nos dirá: Então por que o não crestes?" (Lc 20.4-5) ACF. Então (continuando na cena do capítulo 3 de Mateus) João os vê e começa a pregar especificamente para aqueles fariseus do coração duro: "E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus, que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?" (Mt 3.7) ACF. E das muitas ameaças que João faz para eles no seu sermão, ele faz uma ameaçando-os com o fogo do inferno: "E também agora está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo." (v 10).
  • E então, João entra no versiculo que o pessoal hoje usa de forma errada para dizer que o crente vai ser batizado no fogo. Neste versiculo 11, João fala que Jesus vai batizar com o Espírito Santo (para os que crêem e nEle) e com fogo (para os que não crêem nele). E por que podemos afirmar isso? Por que no versículo 12 ele completa o seu sermão que ele avia começado quando disse que "a árvore, pois, que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo", pois ele diz que Jesus vai limpar sua eira recolhendo o seu trigo (os crentes) no seu celeiro, mas a palha a qual o Salmo 1.4 os compara coma a palha, vai ser queimada com o fogo que nunca se apagará.
Agora leia tudo em seqüencia:

"E também agora está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo. E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo. Em sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará." (Mateus 3.10-12) ACF.

Agora contraste com a passagem de Atos:

Nessa ocasião, não tinha fariseus, mas apenas discípulos, então Jesus fala para os seus discípulos: "Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias." (At 1.5) ACF. Nesta ocasião não se fala em fogo, por que o fogo é para os ímpios (palha).

No novo testamento, Batismo significa mergulho, imergir, mergulhar, então podemos concluir que os ímpios serão mergulhados no lago de fogo a saber a segunda morte (Ap 20.14)

Então, da onde tiraram que os crentes vão ser ou precisam ser batizados no fogo?

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Outro Paradoxo da Oração: "Vãs Repetições" Vs "Insistência"

Considerando Mateus 6.7, Lucas 11.8 e Lucas 18.5

Qual é a diferença entre as "vãs repetições" dos gentios que desejavam ter suas orações respondidas com base em seu "muito falar" (Mt 6.7) e a insistência da viúva que vinha ao juiz e o molestava, em busca de proteção legal (Lucas 18.5), ou a importunação do  homem que procurou seu amigo à meia noite e prevaleceu, fazendo o outro levantar-se e dar-lhe pães (Lucas 11.8)?




  • Em Mateus 6.7-8 ACF, Jesus introduziu a Oração do  Pai Nosso dizendo: "E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos".
  • Em lucas 11.5-8 ACF, depois de ensinar a Oração do Pai Nosso, Jesus contou uma parábola sobre um homem persistente que procurou seu amigo à meia noite: "Digo-vos que, ainda que não se levante a dar-lhos, por ser seu amigo, levantar-se-á, todavia, por causa da sua importunação, e lhe dará tudo o que houver mister" (v 8).
  • Em Lucas 18.1-5 ACF, Jesus contou uma parábola sobre uma viúva que apelava a um juiz injusto. Jesus disse que o objetivo da parábola era ensinar "o dever de orar sempre, e nunca desfalecer" (v 1). O clímax traz estas palavras: "Todavia, como esta viúva me molesta, hei de fazer-lhe justiça, para que enfim não volte, e me importune muito" (v 5).
Embora Mateus 6.7 advirta contra as "vãs repetições", todas estas passagens têm algo em comum: nos encorajam a orar a Deus vez após vez. Em Mateus, depois da advertências a respeito de "vãs repetições", Jesus disse: "Portanto, vós orareis assim... O pão nosso de cada dia nos dá hoje". Portanto, embora "vãs repetições sejam más, pedir o pão diário, pelo menos 365 vezes no ano, não é mau.
E, se a súplica por pão deve ser repetida a cada dia, isso provavelmente se aplica também às outras petições da Oração do Pai Nosso. Todos os dias, devemos orar pela santificação do nome de Deus, a vinda de seu reino, o cumprimento da sua vontade conforme ela se realiza no céu e o perdão dos pecados. Portanto, o ensino de Mateus 6 concorda com o ensino de Lucas 11 e Lucas 18, no sentido de que a oração freqüente e persistente é uma coisa boa.
A questão chave é esta: Qual o perigo que Mateus 6.7-8 nos adverte no tipo de oração contínua e persistente, que não desiste, mas continua a pedir, buscar, a bater (Mt 7.7, Lc 11.9)? Em Mateus 6.7-8 ACF, há duas cláusulas que nos oferecem a solução: "E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes."

1 - "que pensam que por muito falarem serão ouvidos"

A advertência, neste caso, parece referir-se a pensar que nossas orações são capazes de  impressionar e constranger a Deus. Era como se Jesus quisesse dizer: "Sim, vocês podem entender as parábolas do amigo importuno e da viúva persistente com o sentido de que Deus se impressiona com muitas palavras e  outros recurso humanos. Mas, na realidade, não é a isso que eu desejo chamar a atenção de vocês. Eu lhes chamo a atenção à ausência de recursos humanos em quaisquer outras fontes, exceto em Deus". A oração correta sente-se destituída, sem recursos. Se recorrermos ao nosso íntimo em busca de mais e mais frases para mostrar a Deus o que pretendemos dizer, estamos em perigo de "vãs repetições". Se procuramos mais palavras tendo em vista mostrar a Deus que somos mais dignos do que se tivéssemos apenas um clamor, estamos em perigo de "vãs repetições".

2 - "porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes"

A advertência nestas palavras é que existe um tipo de oração com a qual Deus não se importa. Jesus disse: "vosso Pai sabe o que vos é necessário. Portanto, Ele não está desatento. Além disso, Deus é vosso Pai e se  interessa por vocês. Então, não orem de um modo que faça parecer que Ele ignora as necessidades ou é indiferente a vocês".
Mas, por que a persistência e a tenacidade da oração contínua não O fazem parecer assim? Elas podem. Por isso, somos chamados por Jesus a achar o equilíbrio. Existe uma razão por que Jesus não nos chama apenas à simplicidade e à brevidade, mas também à persistência e à tenacidade. A exigência da oração que prevalece reprova aqueles que oram de maneira rápida, como se eles estivessem apenas tentando encobrir seus motivos. Não estão buscando a Deus como sua única esperança. Estão buscando a Ele e a outros recursos, simultaneamente. Tais orações não prevalecem.
Em outras palavras, existem perigos em ambos os lados: um perigo necessita de admoestação de "orar sempre, e nunca desfalecer" (Lc 18.1) ACF; e outro perigo necessita da admoestação de evitar "vãs repetições"  (Mateus 6.7) ACF. Não sejamos mais temerosos da persistência do que foi Jesus, quando orou durante toda a noite (Lc 6.12). Também não sejamos mais temerosos da repetição do que Jesus  o foi, quando orou três vezes a mesma coisa: "Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice" (Mt 26.39, 42, 44) ACF. Se orarmos no Espírito e sentirmos que Deus é nossa única esperança, acharemos a maneira certa de orar.

Por: John Piper

Download de Livros



"Há boas razões para lermos outros livros além da Bíblia. Uma das más razões para buscarmos outros livros é acharmos que a Bíblia é desinteressaste e insípida. A Bíblia não tem estas características, de modo algum. Uma das boas razões para nos dedicarmos a outros livros, além da Bíblia, é que experimentamos a Deus não somente na Bíblia, mas também na maneira como outros O experimentam. Os melhores autores intensificam nosso gosto pela Bíblia e, em especial, por Deus mesmo. Jonathan Edwards causou isso em mim, há mais de trinta anos." (John Piper)

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EM BUSCA DE DEUS
Autor: John Piper













Uma das palavras, com que Piper choca seus leitores, é "hedonismo" (traduzido no livro por prazer). O hedonismo cristão deve ser condenado sem tréguas, mas quem alguma vez nos desafiou, afirmando que buscar alegria ou felicidade em Deus seria a mais alta motivação para o cristão? Quem acreditaria que pecamos se agimos apenas por obrigação? A Bíblia tem muito a dizer sobre o prazer e a alegria, aliás, um dos mandamentos, pouco enfatizados - é aquele que nos manda sempre alegrar-nos no Senhor (Fl 4.4). Quem, entretanto, sabe distinguir entre hedonismo contaminado pelo pecado e um "hedonismo" que tem a sua origem em Deus? Esta diferença fundamental é o grande valor deste livro, uma vez que o Dr. Piper descreve, em cada capítulo, como a alegria precisa e pode ser o grande incentivo em toda as facetas da vida com Deus.
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DESINTOXICAÇÃO SEXUAL
Autor: Tim Charlies


Eu sei das suas lutas porque, há poucos anos, elas eram as minhas lutas. Não muito tempo atrás, eu era um jovem, lutando (e, algumas vezes, não lutando) contra a luxúria, pornografia e todo o resto. Houve um tempo em que isto me cortejava e me seduza, e me levava cativo. E, ainda assim, hoje posso dizer que a pornografia, no mínimo, não me interessa. Deus me libertou do desejo de usufruir dela. Posso entender suas lutas e também te asseguro que é possível encontrar liberdade. Houve algumas passagens das Escrituras que foram fundamentais para meu entendimento do sexo quando eu era um jovem considerando o casamento, e quando eu era um jovem recém-casado. Elas foram instrumentais em minha determinação de não sucumbir à tentação da pornografia.
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A FIGUEIRA MURCHA
Autor: C. H. Spurgeon
O famoso pregador faz uma análise incisiva e judiciosa da condição daqueles que professam ser cristãos, mas que realmente não o são. Enganam-se todos quantos pensam que basta produzir apenas a "folhagem" do cristianismo, sem contudo evidenciarem uma vida santa. "A profissão de fé sem a graça divina é a pompa funerária de uma alma morta" — disse Spurgeon.
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Luz e Trevas

"E fez Deus separação entre a luz e as trevas". (Gn 1.4) ACF



Um crente tem dois princípios em ação dentro dele. Em seu estado natural ele estava sujeito à um único princípio, o qual era as trevas; agora a luz tem entrado, e os dois princípios discordam entre si. Note as palavras do apóstolo Paulo em (Rm 7.21-23) ACF: "Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros". De que forma foi produzida esta situação de coisas ? O Senhor separou a luz das trevas. Trevas, por si mesma, é quieta e sem perturbação, mas quando o Senhor manda luz, há um conflito, porque uma está em oposição com a outra: um conflito que nunca cessará até que o crente seja inteiramente luz no Senhor. Se há uma divisão interior no indivíduo Cristão, há certamente uma divisão exterior. 

Tão logo o Senhor concede a qualquer homem luz, ele procede para se separar das trevas ao redor; ele afasta-se da religião meramente carnal de cerimonial externo, porque nada menos que o evangelho de Cristo irá satisfaze-lo agora, e ele retira-se da sociedade mundana e dos frívolos entretenimentos, e procura a companhia dos santos, porque "Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos. Quem não ama a seu irmão permanece na morte." (1 Jo 3.14) ACF. A luz une para si mesma, e as trevas para si mesma une. O que Deus separou, nunca venhamos tentar unir, mas como Cristo saiu para fora do arraial, levando o Seu vitupério, assim apartemo-nos do ímpio, e sejamos um povo peculiar. Ele foi santo, inocento, imaculado, separado dos pecadores; e, como Ele foi, assim nós devemos ser, não conformados com o mundo, discordando de todo pecado, e distinguidos do resto da raça humana pela nossa semelhança com nosso Mestre.


Por: C. H. Spurgeon

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Eu quero a Minha Bíblia de "Estudo"

Por: Abraão Rodrigues


A mais nova moda evangélica são as Bíblias de Estudo. É uma febre nas livrarias gospels da minha cidade, e creio ser em todo país. Todo mundo quer ter uma Bíblia de Estudo. Bíblia do pastor, do homem, da mulher, do obreiro, da vitória financeira, o fulano que ora, da cicrana que prega, e já tem até Bíblia de cantores.

O pior é que as pessoas lêem mais estes estudos e notas teologias que na maioria das vezes são fora do contexto e cheias de heresias. As igrejas que ainda pregam a sã doutrina pregam uma coisa, mas os irmãos lêem outra nas suas Bíblias. O Diabo não precisa mais trabalhar para destruir as igrejas, os próprios crentes a destroem.

Estas Bíblias parecem uma liquidação de carros usados. Sem falar nas mais variadas versões que tornam a leitura pública na igreja uma verdadeira bagunça, motivo de risada e piadas, pois cada um lê na sua versão e você não entende nada e não consegue se concentrar na leitura.

Convido a você caro leitor de Bíblia a analizar algumas "notas teológicas" de algumas biblias de estudo:

Bíblia da Mulher:
"Oração é pedir tudo que você deseja para Deus"
Ora, oração é isso? Pedir tudo que eu desejo? Oração é louvar a Deus, dar graças por tudo que ele é (Lc 10.21), é interceder pelos homens como sacerdotes reais que nós somos (Efésios 6.18) e se pedimos alguma coisa, temos que pedir o que seja segundo a vontade de Deus e não a nossa que muitas vezes é egoísta e mesquinha (Mt 6.10)

"Deus não condena ninguém"
Ora, quando um criminoso comete um crime, ele tem que se apresentar diante dos juízes dos homens, e quem é que os condena? Quem é que aplica a lei, e os condena a prisão, e em alguns países à morte? não são os juízes nos tribunais? E quanto ao Juiz de toda a terra? Ou você acha que no dia do juizo quando Jesus separar os bodes das ovelhas, ele vai abrir a porta do inferno e os bodes vão entrar por conta propria? quem é que vai dizer "tudo bem Senhor, eu sei que não vou pro céu, abre a porta do inferno que estou entrando"?
Deus é amor, mas ele também é justiça.

Bíblia Dake:

“A habitação de Deus é o planeta céu”
Ode diz isso na Bíblia? nem precisa de refutação uma heresia destas

“Aqui, se refere literalmente a uma luta física, provando que Deus tem um corpo e pode ser visto, sentido, segurado e tocado como um homem ou anjo”
"Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade" (João 4.24) ACF
"Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou." (João 1.18) ACF
Deus nunca foi visto pelo homem, foi uma revelação dele que apareceu a Jacó assim como a Moisés, que os teólogos chamam de Teofania já que a Bíblia diz que: "Aquele que tem, ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver, ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém." (1 Timóteo 6.16) ACF
E muitas outras heresias que vem encadernada junto com o texto inspirado fazendo muitos pequeninos tropeçarem.

Bíblia Vitória Financeira 900 reais do Silas Malafáia
"Pobreza é escravidão! Ela amarra as pessoas, impedindo-as de terem as coisas que necessitam. A pobreza leva à depressão e ao medo. Não é a vontade de Deus que você viva na escravidão da pobreza. É hora de Deus acabar com a escravidão das dívidas e da pobreza no meio do seu povo! É chegado o momento da liberação de uma unção financeira especial, que quebrará as cadeias da escassez e o capacitará a colher com abundância!"

Esta nota "Teológica" insultou todos os membros da igrejas que assim como era o Senhor Jesus, não tem onde reclinar a cabeça (Lucas 9.58), insulta os apóstolos Paulo, Pedro, João que morreram pobres e assassinados.

"O rico e o pobre se encontram; a todos o SENHOR os fez." (Provérbios 22.2) ACF
"O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres." (Lucas 4.18) ACF

Tem muito mais, mas só isso já da para jogar estas bíblias no lixo que é o lugar delas. Ora irmãos, somente o texto é inspirado. Leia o texto.

LEIA A BÍBLIA.