sexta-feira, 27 de maio de 2011

Luz e Trevas

"E fez Deus separação entre a luz e as trevas". (Gn 1.4) ACF



Um crente tem dois princípios em ação dentro dele. Em seu estado natural ele estava sujeito à um único princípio, o qual era as trevas; agora a luz tem entrado, e os dois princípios discordam entre si. Note as palavras do apóstolo Paulo em (Rm 7.21-23) ACF: "Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros". De que forma foi produzida esta situação de coisas ? O Senhor separou a luz das trevas. Trevas, por si mesma, é quieta e sem perturbação, mas quando o Senhor manda luz, há um conflito, porque uma está em oposição com a outra: um conflito que nunca cessará até que o crente seja inteiramente luz no Senhor. Se há uma divisão interior no indivíduo Cristão, há certamente uma divisão exterior. 

Tão logo o Senhor concede a qualquer homem luz, ele procede para se separar das trevas ao redor; ele afasta-se da religião meramente carnal de cerimonial externo, porque nada menos que o evangelho de Cristo irá satisfaze-lo agora, e ele retira-se da sociedade mundana e dos frívolos entretenimentos, e procura a companhia dos santos, porque "Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos. Quem não ama a seu irmão permanece na morte." (1 Jo 3.14) ACF. A luz une para si mesma, e as trevas para si mesma une. O que Deus separou, nunca venhamos tentar unir, mas como Cristo saiu para fora do arraial, levando o Seu vitupério, assim apartemo-nos do ímpio, e sejamos um povo peculiar. Ele foi santo, inocento, imaculado, separado dos pecadores; e, como Ele foi, assim nós devemos ser, não conformados com o mundo, discordando de todo pecado, e distinguidos do resto da raça humana pela nossa semelhança com nosso Mestre.


Por: C. H. Spurgeon

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